
Só o Comercial subiu para a execução dos hinos antes do jogo com o Aquidauanense
(Foto: Álvaro Rezende/Correio do Estado)
Em quatro rodadas, seis mudanças na tabela.
Partidas adiadas às vésperas do programado. Jogo suspenso numa noite por falta de tempo hábil para viabilizar o estádio, mas remarcado na tarde seguinte exatamente para o local que há menos de 24 horas era inviável.
Tem time que vai encerrar a jornada quatro com quatro jogos. Tem time que vai terminar com apenas um.
Tem time que ainda não jogou pela segunda rodada. Tem time que vai a campo pela quarta rodada antes da partida pela segunda, com os dois confrontos adiados.
O Estadual sul-mato-grossense não é feito para o torcedor. Não há quem consiga acompanhar as constantes mudanças na tabela com a mesma destreza com que são feitas as alterações.
Quem pode garantir que o raro torcedor que leu a notícia sobre o adiamento do jogo de seu time certa noite, leu também que a partida foi remarcada na tarde seguinte?
As quase sempre vazias arquibancadas dos estádios do Estado não estão quase sempre vazias somente porque o futebol não agrada aos olhos.
Os estádios do Estado não estão quase sempre irregulares somente pelo rigor excessivo do Ministério Público Estadual.
O Estadual sul-mato-grossense é um encontro do festival da incompetência dos dirigentes de clubes com o desfile da indiferença da federação de futebol.
Forma-se, então, a parada do desrespeito. O espetáculo da mediocridade.
A imprensa – pequena, média ou grande – tem feito sua parte. À revelia dos patrões, que pouco se lixam para o futebol local.
Há jornalista deixando a redação às onze da noite de quarta-feira, só depois de escrever o relato dos jogos da rodada.
Tem repórter fotográfico e motorista passando do horário para ir até o estádio e trazer aquela foto legal que você vê na capa do jornal do dia seguinte.
Boa vontade tem limite. Seja do raro torcedor, seja da imprensa.
Quem se acostuma com a bagunça pode acabar engolido por ela.